domingo, 13 de maio de 2007

Excel, HMTF, MSI

Com as mudanças ocorridas na década de 90 os clube brasileiros puderam fazer parcerias com grupos privados para a melhor( ou pior) gestão de seus Departamentos de Futebol.O Corinthians realizou 3 parcerias com o mesmo objetivo mas de modelos diferente. A primeira foi com o Banco Excel onde o objetivo do parceiro era uma operação de marketing-tornar-se conhecido- e do clube formar uma grande equipe para ganhar títulos.Um competente grupo de economista corinthianos serviu de suporte para a parceria que trouxe muito dinheiro ,jogadores e títulos.Com o afastamento do grupo de apoio e os problemas no Banco-que foi vendido- a parceria caminhou para o fim.A parceria com a HMTF- um grupo de investimento americano- foi mais ampla . O objetivo do parceiro era entrar no mercado de futebol latino-americano e, para isso, precisava juntar-se a clubes populares no Brasil. Era uma parceria para administrar o Departamento de Futebol e além de título e jogadores tinha previsto investir em infra-estrutura até na construção de um estádio.Com a fórmula americano de adminstrar negócio muito ajudou o Corinthians na parte administrativa -organizando as finanças e sua escrituração- e profissionalizou todo o Departamento de futebol.Ai apareceram os problemas. Ficou claro que o buraco que engolia dinheiro no clube era a àrea social que tinha um deficit sem qualquer fonte para suprimento. A HMTF trouxe jogadores,ganhou títulos e investiu em infraestrutura como é exemplo o Centro de Treinamento de Itaquera que hoje abriga a categoria de base do clube. Quando assumi a vice-presidência de futebol -em novembro de 2001- o clube vivia uma grave crise: estavamos na oitava derrota seguida na Copa João Havelange e havia uma briga entre o Corinthians e o parceiro. Dois eram os pontos principais do atrito: o clube social pegava dinheiro do futebol para cobri seu deficit -e a Hicks resistia- e, o Departamento de futebol de Base resistia a gestão da parceria( embora esta tivesse direito pelo contrato).Sempre tive claro que a HMTF tinha toda razão nas brigas .Os diretores do social e do futebol de base passaram a boicotar e torpedear diariamente a parceria. Alguns dos maiores adversários que tenho até hoje no clube tem origem neste periodo. Defendi a Hicks e não me arrependo de nada.Aqueles que tiveram seus interesses- alguns pessoais- contrariados e torpedearam a parceria é que devem explicações.Conseguimos reequilibrar a parceria e tivemos um ano de 2002 muito positivo. O fim da parceria deu-se depois quando a direção do fundo americano -chocada com os prejuizos de 2 bilhões na Argentina- decidiu abandonar a America Latina.A parceria atual é com a MSI, empresa criada as pressas ,num paraiso fiscal, apoiada por um grupo de investidores do leste europeu. O contrato feito pelo clube é ruim para o Corinthians ,prevê a gestão exclusiva,pelo parceiro, do Departamento de futebol( diferente da HMTF ,onde a gestão era compartilhada); não estabelece qualquer investimento em infraestrura e não comtempla qualquer garantia ao Corinthians no caso de gestão imperfeita pelo parceiro. Como a MSI não tinha qualquer conhecimento no futebol sua primeira medida foi desprofissionalizar completamente o futebol entregando-o a um grupo de agente de jogadores que levaram a completa bagunça do Departamento.A crise atual não surpreende quem leu o contrato e conhece o tipo de investidores com que trabalhamos.Pouca esperança terá o Corinthians de um futuro melhor continuando com esta parceria e estes parceiros.Também não estou arrependido de ter me oposto a esta parceria.Creio que os que foram a favor é que estão com a palavra.

sábado, 12 de maio de 2007

Anonimato! Por que?

O jornal "O Estado de São Paulo",na edição de hoje (sábado), publica, na matéria "Contas tiram sono de Dualibi", interessante opinião de um conselheiro corinthiano : "O Dualib quer que a oposição entre na Justiça para ele ganhar tempo"...."" Mas, se não marcar a reunião até o fim do mês , a oposição vai se rebelar. Vamos fazer uma enorme manifestação no clube ". afirmou um conselheiro da oposição ,pedindo anonimato " diz o jornal. A afirmação não tem qualquer novidade,nem tampouco qualquer sentido de ser feita por alguém no anonimato. Por que o conselheiro pediu para não divulgar seu nome numa declaração comum? 1- Não é conselheiro ,e está tapeando o jornalista;2- Não é de oposição,e esta com cargo na gestão;3- Foi diretor da gestão Dualibi e tem medo que seja lembrado de atos que praticou ;4- É da oposição, mas tem uma boquinha na adminstaração por baixo do pano; 5- É do grupo de conselheiro que tem jogadores em nome de alguns empresários-especialmente no futebol amador- e não pode aparecer senão os empresários "amigos"poderão ser prejudicados.6- Não é nada disso; é apenas mais um medroso que anda por ai. Não sei . Não tenho a menor idéia. Sei apenas que não ajuda ao clube superar seus problemas este tipo de declaração feita de forma anônima. Não ganha o Corinthians,não ganha a "oposição",não ganha a "situação", não ganha o jornalismo.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Bravo, Corinthians

Em 8 de maio de 1949 ,no estádio do Pacaembu, o Corinthians entrou em campo para jogar contra a Portuguesa de Desportos.Até ai não havia novidade.Mas tudo era diferente. O alvinegro do Parque São Jorge estava com a camisa grená do Torino e começava a mais emocionante homenagem póstuma aos atingidos pela tragédia de Superga. Quatros dias antes,em 4 de maio de 1949, o Torino ,então base da seleção italiana, retornava de uma viagem de Lisboa onde tinha jogado contra o Benfica.Por causa de um denso nevoeiro ,já na descida,o avião chocou-se com a torre da Basílica de Superga. Foi uma tragédia sem igual. Ninguem se salvou. A Italia perdia o time de Mazzola,Rigamonti,Operto,Ossola e de outros tantos astros. A Europa toda ficou paralizada.O futebol do mundo ficou de luto. Ao Corinthians coube o papel de grandeza que produziu a mais singular homenagem ao grande time de Torino.Na partida contra a Lusa jogou com a camisa grena do Torino e destinou a renda do jogo a familia dos jogadores vitimas da tragédia na Itália.O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians ,Maximiliano Ximenes,antes do jogo iniciar fez um discurso que provocou lágrimas na platéia. O Corinthians ,fundado por uma maioria de operários italianos e com tantos dirigentes "oriundi" como os ex-presidentes Miguel Bataglia,Alexandre Magnani e Guido Guiacominelli prestava a sua homenagem ao grande Torino. Isto tudo foi feito pela grandeza dos dirigentes do alvinegro de Parque São Jorge, que ,no ano anterior, havia sido o único clube brasileiro a derrotar os time do Torino em sua excursão pelo Brasil. Em campo o Corinthians venceu a Portuguesa por 2X0 ,mas sua vitória foi com a história.

Nova reunião do CORI

No próximo dia 15 (quarta-feira) haverá reunião mensal do CORI(Conselho de Orientação) do Corinthians.Na pauta,com muitos itens, um deverá ser o ponto central das discussões : implementação das medidas apontadas pela Auditoria Externa realizada nas contas do clube no exercicio do ano passado.O CORI deverá sugerir um conjunto de medidas para resolver os problemas de gestão apontados pela Trevisan Auditoria. No exercicio do ano passado ,como sabemos, até o meio do ano, o Departamento de futebol foi dirigido pela MSI e ,na segunda parte do ano, o clube "assumiu"a gestão. Uma bagunça geral. No primeiro e no segundo semestre.O resultado foi a pior conta do clube das últimas décadas. Em matéria de gestão caótica equipara-se ao ocorrido em2005. O CORI -que não é órgão executivo- pode apenas apontar os caminhos para superar os problemas apontados pela Auditoria.E isto fará.Trarei para este Blog o que for proposto e esperamos que o CD (Conselho Deliberativo) referende e a Diretoria Executiva passe a cumprir as medidas sugeridas.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

"De Prima" - ou De Kia

A coluna "De Prima" do diário Lance! de hoje (10/5) publica nota "Sabe nada", com declarações do Sr. Kia Joorabchian. A nota é a mesma publicada no "Painel FC" da Folha de S. Paulo sob título "Miopia", também na edição de hoje. Falam sobre a atuação do goleiro Bruno no jogo Flamengo x Botafogo, com elogios ao atleta e críticas ao ex-técnico alvinegro Leão.

Há três dias o Lance! publicava outra nota de Kia elogiando Javier Mascherano e também criticando Leão.
Interessante que há dez dias houve decisão da Premier League, a Liga inglesa, condenando duramente a transferência de Carlos Tevez ao West Ham em 2006, afirmando ter sido feita com "fraude e corrupção". Além da multa, R$22 milhões de reais, censurou duramente a empresa MSI e a negociação feita.

Não seria mais razoável que o jornalista, que nesse período tanto conversou com Kia, perguntasse algo sobre a decisão da Liga inglesa?
Ou será que aos leitores é melhor somente falar sobre o desempenho de jogadores de sua propriedade?
Talvez o Lance! pudesse fazer um convite para Kia dar notas sobre desempenho dos jogadores de sua empresa.

Como afirma um ditado alemão: "Ah, se as pessoas soubessem como são feitas as notícias e as salsichas...".